Pus meu sonho numa nave
E a nave na imensidão à vagar
Fastei as estrelas com as mãos
Pro meu sonho no universo mergulhar.
Minhas mãos tornaram-se iluminadas
Pelo brilho das estrelas tocadas
E o brilho que escorria de minhas mãos
Coloria a noite estrelada.
A lua vinha vindo de longe
Meio sem graça e solitária
No céu entre as estrelas ia sumindo
Meu sonho dentro da nave imaginária.
Fiz tudo quanto foi possível
Pra que meu sonho não morresse
E a nave ao aportar no infinito
Com ela meu sonho florecesse.
.
Profª Fatuca, 2011.
Adoro parafrasear com a minha querida Cecília Meireles!
ResponderExcluirOi, Fatuca...
ResponderExcluirFicou massa!
Bote a poesia "original" de Cecília pros seus leitores fazerem a "comparança"....rsrsrsrssr...Beijão!
Canção
Pus o meu sonho num navio
e o navio em cima do mar;
- depois, abri o mar com as mãos,
para o meu sonho naufragar
Minhas mãos ainda estão molhadas
do azul das ondas entreabertas,
e a cor que escorre de meus dedos
colore as areias desertas.
O vento vem vindo de longe,
a noite se curva de frio;
debaixo da água vai morrendo
meu sonho, dentro de um navio...
Chorarei quanto for preciso,
para fazer com que o mar cresça,
e o meu navio chegue ao fundo
e o meu sonho desapareça.
Depois, tudo estará perfeito;
praia lisa, águas ordenadas,
meus olhos secos como pedras
e as minhas duas mãos quebradas.
Adorei Sônia!Esse poema dela é um de meus preferidos, como o próprio título diz é mesmo uma bela "Canção"!
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