Sol escaldante
Chega a tremer
Árvores inertes
Triste de ver!
Cactos ornamentam
A paisagem sombria
Nenhum passarinho
Pra minha alegria!
Sem água os açudes
Sem brilho a natureza
A nossa caatinga
Perdeu a beleza!
Só ouço o barulho
De carros a passar
Uns pelos outros
Sem se saudar!
E eu cá com meus botões
Matutando meu pensar
O que será de todos nós
Se o inverno não chegar?
Profª Fatuca - 2016
Fá; nessa sede de verde existe a praia de minha imaginação. Ora, pois-pois... eu quase que nada não sei, continuo a desconfiar de muita coisa, tipo: a paisagem no poema comove-me os olhos a gritar que pertenço a essa natureza de estradas de barro ruivo semeada de pedras ardendo em fogo, onde riacho torna-se caminho e graveto vira tição, nuvens parecem grandes rolos de fumaça e aveloz amarela. Contudo, como Angicano/Fernando-Pedrozense e Sanromano orgulho-me desta terra rachada com gente sã que dispensa esmolas para não morrer de vergonha, posto conhecerem que se o nordestino é antes de tudo um bravo, o sertão é o local onde o pensamento da gente se torna mais forte que o poder dele. E assim, mesmo sendo pobre na terrível miséria da estiagem ainda é belo e lírico, pois sabemos que Deus converte deserto em lago e terra árida em fontes. E este lugar por ser tão meu e seu, ser tão fera e cruel, ser tão apaixonante, é simplesmente SERTÃO.
ResponderExcluirUma dura e triste realidade que precisamos de fé e esperança. Ontem no meu blog postei algo semelhante. passe lá para conhecer meu trabalho, Já lhe sigo aqui, bjs
ResponderExcluirProfª Fatuca, ótima manhã. Utilizo este espaço para lhe revelar que lamentavelmente alimentava certa antipatia pelo dito Eudes mesmo eu sem conhecê-lo pessoalmente, devido o tal ter sido um “Ex” de minha atual companheira e esta nutrir muito carinho a ele até hoje.
ResponderExcluirConfesso que me irritava ver as pessoas derramar elogios ao indivíduo, mas que tive que aceitar a verdade quando tive a oportunidade de ser apresentado ao próprio (confesso-lhe que a contragosto) no bar de Sérgio Guilherme, que fica localizado no mercado público. O sujeito não tem nada de soberbo ou petulante, ao invés disso, é de uma humildade que cativa a todos tanto pela diplomacia quanto pelo cavalheirismo.
Toda a minha insegurança no tocante ao passado dele com minha esposa virou fortaleza ao danado confidenciar que não fugiu da seca e sim, dela, por receio de um dia poder magoá-la, e rasgou-me elogios pela cumplicidade afetiva, dizendo a mim que eu era pra ele um exemplo de como ser leal e fiel, pois de acordo com o mesmo, a minha Senhora-Dona teve sorte no amor comigo, e deste modo deveria agradecer a Deus pelo marido que tinha.
E é por essa e outras boas maneiras que reconheço nele o ufanismo de ser um Cabra da Peste autêntico, pois tem que ser muito macho para enaltecer outro homem.
Poetisa Fátima; o Féla da Puta de fato é cortesão com as palavras e atitudes, enfim: é sangue-bom e gente fina. Este SERTANEJO tem pêlo debaixo da língua e não nega. A peço desculpas pelo linguajar, mas, o cara é Foda!!!