Olhar disperso
Sempre a vagar
Já nem compreende
O que estão a falar...
Pouco consegue
No interagir
Perguntas perguntas
Sempre a surgir...
Sempre repetidas
Embaraçadas
Incompreendidas
Às vezes engraçadas...
Já não reconhece
Seus entes queridos
Dura realidade
Pra todos sofrida...
Regridem ao tempo
Viram bebezinhos
Onde agora
Só precisam
De amor e carinho!
Profª Fatuca - 2018
21 de Setembro - Dia do Alzheimer!
Estimada Profª Fá; na linguagem para sensibilidade conseguistes poetizar a dor que em meu peito devaneia, pois a Lidinha do Velho Bóbaro – ventre donde fui parido – coexistiu em todos os versos desses momentos a agonia de ser vegetativa nas suas próprias emoções, porém, sendo o testemunho de que... as janelas da alma dela eram o prisma que nos refletiam em ações; que nas indagações dos porquês? e quienes! seus, além de prova de decadência terrena, era evolução espiritual; que mesmo não se reconhecendo até nos teus rebentos carnais e sintonias afetivas, habitará ininterruptamente em nosso sem fim particular a sua constelação e, que; viver é não ter a vergonha de ser feliz então, Poetiza, é por isso, isto, aquilo e “Eças” coisas que eu fico com a pureza da resposta das crianças, especialmente a do fim dos seus dias quando anciã nonagenária acalentava bonecas no colo que antes me ninava.
ResponderExcluirEnfim; valeu, vale e valerá a pena sempre chama-la de Srª Dona Mãe.