Cadê o Sol
Pra me esquentar?
Já passa das seis
E ele sem acordar...
Acorda Solzinho
Preciso de você...
Venha logo venha logo
Um pouquinho me aquecer!
O dia fica tristonho
Sem seus raios a brilhar!
A terra fica sem vida
Sem você pra iluminar...
Acorda Solzinho
Preciso de você...
Venha logo venha logo
Um pouquinho me aquecer!
Profª Fatuca - 2017
Estimada Poetinha; não tenho como negar a beleza em prosa de seus sentimentos versados, todavia, longe d’eu sangrar meus olhos de água e suplicar ao Dono do mundo pro astro-rei se arretirar do azul anil, mas, como sou rês Sanromana desgarrada da caatinga Joaquinesca e do roçado Cafundó-Pedrozense no mangue Nassau, sei que nem todo de bom são dias de calor na moleira do sertanejo, entonces de fato agradeço aos céus quando o fulgor da estrela acalora a vidraça do meu quarto a me lembrar de que o caminho é um só para aquecer minh’alma, e, ainda, enriquecer-me em melanina pra viver a sorrir, porém, como nem tudo é sempre luz ardente, e a chuva, quando falta muito, imploram-se por ela, digo-lhe que sol vermelho é bonito de se ver em firmamento bem limpinho, mas o lindo pra mim é céu cinzento com clarão entoando o seu refrão, prenúncio que vem trazendo alento da chegada das chuvas no sertão, ver o solo rachado amolecendo, a terra antes pobre enriquecendo, o milho pro céu apontando, o feijão pelo chão enramando, pois afinal sou da Terra do Pelo e sei que amanhã ele há de brilhar outra vez.
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